A prova definitiva contra a Arkhos e a Obion. O que aconteceu entre o momento em que o Faraday interrompeu a transmissão do Miro e a hora em que ele deixou a câmera afundar no centro do labirinto. O vídeo que nós conseguimos passar ontem durante a festa para todo mundo ver!
domingo, 27 de maio de 2007
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Cansei
É isso aí, já deu. O Miro se enfiou numa crise de fé como eu nunca vi antes. Cansei de brigar.
Estou indo para casa hoje à noite.
Estou indo para casa hoje à noite.
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Estranho
Recebi um recado muito estranho do Norberto ontem na caixa postal do meu celular. Parece que ele ia se encontrar com os Guardiões (!!!) e que voltaria a entrar em contato com novas informações.
Eu não entendo. Como ele mesmo disse, *ninguém* se encontra com os Guardiões.
Estou um pouco preocupada porque desde de manhã estou tentando falar com ele e não consigo. Espero que esteja tudo bem.
Eu não entendo. Como ele mesmo disse, *ninguém* se encontra com os Guardiões.
Estou um pouco preocupada porque desde de manhã estou tentando falar com ele e não consigo. Espero que esteja tudo bem.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Full house
Ontem a Carolina, a "amiga" do Miro que é piloto da Força Aérea, voltou da Amazônia e está passando uns dias em São Paulo. Ela trouxe informações importantes sobre a Arkhos, disse que confirmou com os colegas dela novas tentativas de sabotagem no SIVAM e transporte de materiais não-autorizados para regiões remotas da floresta. Ela veio toda cheia de si achando que podem ser equipamentos de transmissão. O Miro acha que pode ser encrenca.
Quer dizer, se eles estão enviando tecnologia para o meio do mato, é possível que eles tenham encontrado a Cidade Perdida! Temos que completar esse mapa o quanto antes, achar a localização e torcer para que não seja verdade. O Miro prefere não se pensar muito nisso e perder o sono, mas sim se concentrar em organizar a operação para recuperar o drive com a fórmula do Guaraná Antarctica.
É duro mas nesse sentido eu tenho que admitir que a Carolina apareceu em boa hora.
Quer dizer, se eles estão enviando tecnologia para o meio do mato, é possível que eles tenham encontrado a Cidade Perdida! Temos que completar esse mapa o quanto antes, achar a localização e torcer para que não seja verdade. O Miro prefere não se pensar muito nisso e perder o sono, mas sim se concentrar em organizar a operação para recuperar o drive com a fórmula do Guaraná Antarctica.
É duro mas nesse sentido eu tenho que admitir que a Carolina apareceu em boa hora.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Hospital
O Miro está bem, mas o susto não foi pequeno (principalmente o meu!). O Gastão me disse que encontrou o Miro caído no chão da cozinha. Ele só acordou duas horas depois que eu cheguei no hospital. Disse que sentiu uma dor de cabeça fortíssima e não se lembra de mais nada.
Foi aí que eu descobri que ele já tinha tido alguns 'episódios' antes de eu me hospedar na casa dele. Terror noturno, alucinações... Ele e o Gastão se empenharam em esconder isso de mim. Pode?
Os médicos disseram que não foi nada demais, provavelmente só estresse. Só que ele nunca teve problema de pressão, enxaqueca, nada disso. Por isso que, mesmo ele já tendo sido liberado, isso não diminui minha preocupação.
Esse mundo de perseguições e enigmas está acabando com o Miro. Passou da hora de dar um fim nisso!
Espero que o que vocês tenham encontrado no cofre realmente seja tudo aquilo que o Norberto anunciava. Por favor, mandem para mim assim que puderem, para eu mostrar para todos.
Obrigado por estarem lá hoje.
Foi aí que eu descobri que ele já tinha tido alguns 'episódios' antes de eu me hospedar na casa dele. Terror noturno, alucinações... Ele e o Gastão se empenharam em esconder isso de mim. Pode?
Os médicos disseram que não foi nada demais, provavelmente só estresse. Só que ele nunca teve problema de pressão, enxaqueca, nada disso. Por isso que, mesmo ele já tendo sido liberado, isso não diminui minha preocupação.
Esse mundo de perseguições e enigmas está acabando com o Miro. Passou da hora de dar um fim nisso!
Espero que o que vocês tenham encontrado no cofre realmente seja tudo aquilo que o Norberto anunciava. Por favor, mandem para mim assim que puderem, para eu mostrar para todos.
Obrigado por estarem lá hoje.
terça-feira, 17 de abril de 2007
Rendez-vous
Obrigado a todos que mandaram e-mails!
Os que puderem, esperem por instruções amanhã (18/04) às 13h00, na esquina da praça Padre Manuel da Nóbrega com o Viaduto Boa Vista, em frente ao sino do Pateo do Colégio.
Boa sorte.
Os que puderem, esperem por instruções amanhã (18/04) às 13h00, na esquina da praça Padre Manuel da Nóbrega com o Viaduto Boa Vista, em frente ao sino do Pateo do Colégio.
Boa sorte.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Cofre
Se vocês conseguirem descobrir a localização do cofre, mandem para o meu e-mail! A chave está comigo mas, considerando que eles certamente já deram por falta dela, pode ser perigoso eu me expôr para recuperar o conteúdo do cofre.
Acho que vocês sabem o que isso significa.
Vamos combinar um jeito de eu passar essa chave para vocês... Se vocês toparem correr mais esse risco pela gente, é claro.
Acho que vocês sabem o que isso significa.
Vamos combinar um jeito de eu passar essa chave para vocês... Se vocês toparem correr mais esse risco pela gente, é claro.
sábado, 14 de abril de 2007
Invasão
E eu fui mesmo. Deu tudo certo. Mas foi por muito pouco!
E ainda por cima o YouTube boicotou meu vídeo....
E ainda por cima o YouTube boicotou meu vídeo....
Operação 4 Estrelas
O Gastão me contou tudo sobre a invasão da intranet da Arkhos. Como ele, eu também acho que tem coisa lá cheirando muito mal! Mas entrar no quarto de hotel do chefão da Arkhos para roubar informações?! Improvável...
Para o Gastão.
Espero que ele não me leve a mal, mas tenho certeza que ele ia se acovardar na hora.
É por isso que eu vou entrar lá.
Ainda não sei como, só sei que é agora. Não posso pedir a ajuda de vocês, pode ser muito arriscado. Mesmo tentar qualquer tipo de distração pode botar tudo a perder.
Torçam para eu voltar para contar a história.
Sério.
Para o Gastão.
Espero que ele não me leve a mal, mas tenho certeza que ele ia se acovardar na hora.
É por isso que eu vou entrar lá.
Ainda não sei como, só sei que é agora. Não posso pedir a ajuda de vocês, pode ser muito arriscado. Mesmo tentar qualquer tipo de distração pode botar tudo a perder.
Torçam para eu voltar para contar a história.
Sério.
sábado, 7 de abril de 2007
Respostas
Ontem eu, o Miro e o Gastão voltamos ao apartamento 809.
Só que dessa vez a recepção foi bem diferente.
Só que dessa vez a recepção foi bem diferente.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
terça-feira, 3 de abril de 2007
À espreita
Eu vi um filme francês bem perturbador ano passado, uma história em que uma família começa a receber fitas com horas e horas de filmagem da fachada da casa deles. As fitas não páram de chegar, uma atrás da outra, e algumas até mostram o pai saindo para trabalhar e o filho do casal protagonista na porta da escola.
Faz tempo que eu me sinto como se estivesse nesse filme, sendo observada o tempo inteiro.
Dessa vez, o envelope surpresa debaixo da porta da casa do Miro (já está virando rotina) foi justamente uma fita de vídeo, uma Mini DV com a seguinte mensagem escrita no rótulo:
Não vou nem comentar o fato dessas pessoas saberem que eu estou ficando aqui no apartamento do Miro. Sim, porque claramente a mensagem é para mim.
A questão é o que tem na fita. Exatamente como no filme, uma filmagem de vários minutos da fachada de um prédio no centro de São Paulo. Aí a imagem fica preta por um tempão, até que passa a mostrar um elevador, e depois um corredor que dá na porta de um apartamento. Aí acaba.
Caí na burrada de mostrar para o Miro e agora ele quer ir até o apartamento que aparece no vídeo de qualquer jeito.
Oh, mère.
Faz tempo que eu me sinto como se estivesse nesse filme, sendo observada o tempo inteiro.
Dessa vez, o envelope surpresa debaixo da porta da casa do Miro (já está virando rotina) foi justamente uma fita de vídeo, uma Mini DV com a seguinte mensagem escrita no rótulo:
Não vou nem comentar o fato dessas pessoas saberem que eu estou ficando aqui no apartamento do Miro. Sim, porque claramente a mensagem é para mim.
A questão é o que tem na fita. Exatamente como no filme, uma filmagem de vários minutos da fachada de um prédio no centro de São Paulo. Aí a imagem fica preta por um tempão, até que passa a mostrar um elevador, e depois um corredor que dá na porta de um apartamento. Aí acaba.
Caí na burrada de mostrar para o Miro e agora ele quer ir até o apartamento que aparece no vídeo de qualquer jeito.
Oh, mère.
terça-feira, 27 de março de 2007
quarta-feira, 21 de março de 2007
Hardenberg, Ferenczy, Fawcett...
sábado, 10 de março de 2007
Seguindo em frente
Tenho pensado no que falar aqui desde que o Miro voltou, mas invariavelmente acabo parada na frente da câmera sem saber como começar. Não foi uma semana qualquer. Resolvi escrever.
O alívio indescritível de vê-lo de novo e saber que ele está bem aos poucos deu lugar a uma série de conversas especialmente difíceis para nós dois. Não sei se ambos tínhamos uma certeza inconsciente de que tudo voltaria a ser como antes. Talvez. Mas não adianta querer ver as coisas pela metade.
Talvez por uma certa dose de estresse pós-traumático, ou talvez por ser quem ele sempre foi, o Miro se convenceu de que existe toda uma conspiração por trás do que ele viu e passou na Amazônia. Não me entendam mal, eu acredito que existe de fato uma rede de corrupção e exploração de recursos ilegais na floresta por parte desta empresa (ou rede de empresas) mal-intencionada, o que já é grave o suficiente. Pode mesmo ser chamado de conspiração se alguém quiser. Mas esse tipo de coisa, infelizmente, é uma realidade há muito tempo. A invasão da Amazônia é conseqüência do descaso do governo e de brechas nas leis que deveriam proteger a floresta. Até pouco tempo atrás levantar a voz contra isso era encarado como papo chato de ambientalista, mas aos poucos as coisas estão mudando.
Este é o problema A. Devemos (e podemos) lutar contra ele. O Miro enxerga por trás disso tudo um problema B. A "verdade" por trás dos interesses dos canalhas seria algo muito maior e antigo, algo ligado (sabe-se lá como) aos documentos que ele encontrou dentro daquela caixa.
Não preciso ressaltar que o homem que supostamente escreveu aqueles códigos era claramente alguém acometido de caso grave de delirium tremens. Ou coisa pior.
O perigo, portanto, não é mais simplesmente o de ser perseguida por homens de preto ou receber telefonemas ameaçadores. O risco maior é o de eu acabar me descolando da realidade como pode acontecer com o Miro. Isso é demais para mim agora.
Eu agradeço de coração a ajuda de todos vocês, mas chegou a hora de eu me afastar. De repente passar uns dias com meus pais no interior, deixar para trás as últimas semanas e voltar à minha pesquisa.
Por favor, ajudem o Miro e o Gastão, eles vão precisar de uma força.
Obrigado por tudo.
O alívio indescritível de vê-lo de novo e saber que ele está bem aos poucos deu lugar a uma série de conversas especialmente difíceis para nós dois. Não sei se ambos tínhamos uma certeza inconsciente de que tudo voltaria a ser como antes. Talvez. Mas não adianta querer ver as coisas pela metade.
Talvez por uma certa dose de estresse pós-traumático, ou talvez por ser quem ele sempre foi, o Miro se convenceu de que existe toda uma conspiração por trás do que ele viu e passou na Amazônia. Não me entendam mal, eu acredito que existe de fato uma rede de corrupção e exploração de recursos ilegais na floresta por parte desta empresa (ou rede de empresas) mal-intencionada, o que já é grave o suficiente. Pode mesmo ser chamado de conspiração se alguém quiser. Mas esse tipo de coisa, infelizmente, é uma realidade há muito tempo. A invasão da Amazônia é conseqüência do descaso do governo e de brechas nas leis que deveriam proteger a floresta. Até pouco tempo atrás levantar a voz contra isso era encarado como papo chato de ambientalista, mas aos poucos as coisas estão mudando.
Este é o problema A. Devemos (e podemos) lutar contra ele. O Miro enxerga por trás disso tudo um problema B. A "verdade" por trás dos interesses dos canalhas seria algo muito maior e antigo, algo ligado (sabe-se lá como) aos documentos que ele encontrou dentro daquela caixa.
Não preciso ressaltar que o homem que supostamente escreveu aqueles códigos era claramente alguém acometido de caso grave de delirium tremens. Ou coisa pior.
O perigo, portanto, não é mais simplesmente o de ser perseguida por homens de preto ou receber telefonemas ameaçadores. O risco maior é o de eu acabar me descolando da realidade como pode acontecer com o Miro. Isso é demais para mim agora.
Eu agradeço de coração a ajuda de todos vocês, mas chegou a hora de eu me afastar. De repente passar uns dias com meus pais no interior, deixar para trás as últimas semanas e voltar à minha pesquisa.
Por favor, ajudem o Miro e o Gastão, eles vão precisar de uma força.
Obrigado por tudo.
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Mais um vídeo do Miro
Como o Gastão já postou lá no Zona Incerta, eu consegui falar com o Daniel, o amigo dele que entende de pendrives (uma especialização meio bizarra, diga-se de passagem). Ele ficou todo estranho quando eu mencionei que o pendrive era do Miro. Falou que conhecia o Miro e ficou ainda mais preocupado quando eu falei que ele estava sumido.
No fim das contas o pendrive tinha um diretório oculto ou algo assim. Dentro do diretório estava mais um pedaço da gravação do Miro. Está lá no ZI e no YouTube.
Mas... e esses números que aparecem em alguns frames?
Algo me diz que eles podem uma pista valiosa para o paradeiro do Miro. O problema é saber exatamente o que eles são... e qual é a ordem certa deles.
No fim das contas o pendrive tinha um diretório oculto ou algo assim. Dentro do diretório estava mais um pedaço da gravação do Miro. Está lá no ZI e no YouTube.
Mas... e esses números que aparecem em alguns frames?
Algo me diz que eles podem uma pista valiosa para o paradeiro do Miro. O problema é saber exatamente o que eles são... e qual é a ordem certa deles.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
Pendrive
Recebi algo que pode interessar...
p.s.: O Gastão colocou o arquivo aqui neste link
No YouTube, vcs podem ver ele aqui.
p.s.: O Gastão colocou o arquivo aqui neste link
No YouTube, vcs podem ver ele aqui.
domingo, 25 de fevereiro de 2007
Fragmentos
Não sei o que pensar sobre isso. Deixar pedaços de uma gravação para que, no caso dele não voltar, nós pudéssemos saber o que fazer. Parece uma medida tão desesperada, não é a imagem que eu tenho do Miro.
Não sei o que escrever aqui...
"Eu sei que ele está bem" ou "tenho certeza que ele vai voltar" já não dão conta de expressar esse resto de esperança que eu tenho. Fora que se eu começasse a escrever essas coisas vocês iam querer me denunciar para o comitê de controle dos blogs cafonas (se é que já não fizeram isso). Mas, que fique claro, essa esperança existe.
Esses aí embaixo são os pedaços do vídeo que nós já achamos. Obrigado ao Videmame por colocá-los online.
"Hope is the thing with feathers
That perches in the soul,
And sings the tune without the words,
And never stops at all."
Não sei o que escrever aqui...
"Eu sei que ele está bem" ou "tenho certeza que ele vai voltar" já não dão conta de expressar esse resto de esperança que eu tenho. Fora que se eu começasse a escrever essas coisas vocês iam querer me denunciar para o comitê de controle dos blogs cafonas (se é que já não fizeram isso). Mas, que fique claro, essa esperança existe.
Esses aí embaixo são os pedaços do vídeo que nós já achamos. Obrigado ao Videmame por colocá-los online.
"Hope is the thing with feathers
That perches in the soul,
And sings the tune without the words,
And never stops at all."
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
10pm
É a hora em que essa sensação indescritível que já se estende por mais de 3 semanas fica ainda pior. É a hora em que o Miro me ligava todos os dias. Não importava se o dia dele tinha sido bom ou péssimo, o telefone ou o Skype sempre tocavam às 10 e por algum tempo eu conseguia esquecer da vida e do trabalho e de todo o resto.
Mas aí eu penso no Gastão e me sinto a pessoa mais egoísta do mundo. Se esse vazio e esse sentimento de impotência que não vão embora desde o fim de semana em Maués já estão beirando o insuportável, não consigo nem começar a calcular o que o Gastão está sentindo. Como se as coisas não pudesse ficar piores, ele foi mandado embora. Nunca em todo esse tempo que a gente se conhece eu tinha visto o Gastão tão para baixo, mas, mesmo assim, ele não se deixa abater. Fica dia e noite ligando para pessoas que poderiam ter tido contato com o Miro nesses dias, olhando para tudo aquilo que ficou para trás no laboratório em Maués... E hoje ele veio em casa para me mostrar as traduções das cartas do Tomas Hardenberg que vocês postaram no Zona Incerta. E eu insisto que ele precisa descansar, mas não adianta.
"E aí? O que você acha disso tudo?", ele perguntou, depois de entornar duas xícaras e meia de café preto enquanto eu terminava de ler os papéis impressos.
"Eu acho que as pessoas que conseguiram quebrar esse código deveriam colocar isso no currículo".
"Sério. De um ponto de vista antropológico...", ele disse, naquele tom de quem nunca entendeu muito bem o que afinal eu faço da vida.
"Bom, é de longe uma das coisas mais estranhas que eu já li. Seja quem for esse Hardenberg, ele realmente tinha problemas. Não acho que um ponto de vista antropológico pode ajudar muito, não. Ele sofria de algum distúrbio clínico, isso sim."
"E...?"
"E... Era letrado. Rituais de mumificação, o Apocalipse, Fausto, a Divina Comédia... E esse trecho sobre o fauno e o cavalo, me lembra aquela pintura do Fuselli."
"É", ele começou, "Mas nada disso parece ter a ver com as pessoas com quem ele devia estar envolvido. Quer dizer, ele menciona 'eles' em vários momentos, e fala algo sobre a escuridão dominando uma sociedade... Não parece que ele se refere à sociedade como um todo."
"Não, talvez seja sim. Supondo que esses relatos são do final do final dos anos 30 ou começo dos 40, faria todo sentido, com os regimes fascistas ganhando força e tudo o mais."
Mas ele parecia disposto a me convencer de outra coisa.
"Tá, mas a gente não pode esquecer os postais", ele disse. "Pra mim eles mostram claramente lugares onde o Hardenberg esteve procurando por alguma coisa. Ou registros sobre alguma coisa. Em arquivos, bibliotecas, em incunábulos, como essa outra carta diz."
"É, mas o quê?"
"Pensa só. Se ele estava sofrendo com essas alucinações... Ele era químico, mas também devia pesquisar plantas..."
"Uma cura?", eu arrisquei.
"Faz sentido, não faz?"
"É, mas uma cura para quê?"
"Não sei. Mas ele não era o único que estava atrás disso. Talvez 'eles' sejam os tais 'Guardiões' de quem ele fala numa das cartas."
Eu olhei desconfiada e resolvi chegar logo onde ele queria.
"Você acha que tem algum tipo de sociedade secreta no meio dessa história", eu disse.
Ele esboçou um sorriso.
"E você acha que o Miro se envolveu com eles", eu acrescentei.
"O que você acha?"
"Eu acho que você precisa dormir", eu disse, tirando o bule de café e a xícara dele de cima da mesa e levando para a cozinha.
"Pensa, Olívia", insistiu ele. "A carta de tarô, o telefonema que você recebeu... Não é uma coisa normal".
"Não, não é", eu disse, voltando para a sala e já um pouco impaciente. "Nada parece normal desde que o Miro encontrou essa caixa, mas a gente também não precisa começar a ver um enigma em todo lugar e perder a noção da realidade. Você está sendo o seu irmão agora."
Me arrependi do que eu falei no milésimo de segundo seguinte, mas já tinha saído. Nós dois ficamos em silêncio por um tempo. Eu sentei no sofá, ele soltou um suspiro.
"Você não me falou por que vocês terminaram afinal.", ele falou.
Então eu contei por alto das brigas por telefone, que são as mais ingratas. E da dificuldade em manter um relacionamento à distância por tanto tempo, e do fato de ele não conseguir mais conversar comigo. Ou não querer.
"Alguma coisa mudou depois que o Miro achou esses documentos. Ele mudou."
O Gastão me ouvia em silêncio. De repente, como se toda a carga das últimas semanas se desprendesse ali de dentro e viesse à tona de uma vez, ele largou toda aquela necessidade equivocada de ter que se manter firme do meu lado, e desabou. Foi a primeira vez que eu vi ele chorar. Eu levante e o abracei, e disse que era exatamente o que ele estava precisando naquele momento, o que era a mais pura verdade.
Mas aí eu penso no Gastão e me sinto a pessoa mais egoísta do mundo. Se esse vazio e esse sentimento de impotência que não vão embora desde o fim de semana em Maués já estão beirando o insuportável, não consigo nem começar a calcular o que o Gastão está sentindo. Como se as coisas não pudesse ficar piores, ele foi mandado embora. Nunca em todo esse tempo que a gente se conhece eu tinha visto o Gastão tão para baixo, mas, mesmo assim, ele não se deixa abater. Fica dia e noite ligando para pessoas que poderiam ter tido contato com o Miro nesses dias, olhando para tudo aquilo que ficou para trás no laboratório em Maués... E hoje ele veio em casa para me mostrar as traduções das cartas do Tomas Hardenberg que vocês postaram no Zona Incerta. E eu insisto que ele precisa descansar, mas não adianta.
"E aí? O que você acha disso tudo?", ele perguntou, depois de entornar duas xícaras e meia de café preto enquanto eu terminava de ler os papéis impressos.
"Eu acho que as pessoas que conseguiram quebrar esse código deveriam colocar isso no currículo".
"Sério. De um ponto de vista antropológico...", ele disse, naquele tom de quem nunca entendeu muito bem o que afinal eu faço da vida.
"Bom, é de longe uma das coisas mais estranhas que eu já li. Seja quem for esse Hardenberg, ele realmente tinha problemas. Não acho que um ponto de vista antropológico pode ajudar muito, não. Ele sofria de algum distúrbio clínico, isso sim."
"E...?"
"E... Era letrado. Rituais de mumificação, o Apocalipse, Fausto, a Divina Comédia... E esse trecho sobre o fauno e o cavalo, me lembra aquela pintura do Fuselli."
"É", ele começou, "Mas nada disso parece ter a ver com as pessoas com quem ele devia estar envolvido. Quer dizer, ele menciona 'eles' em vários momentos, e fala algo sobre a escuridão dominando uma sociedade... Não parece que ele se refere à sociedade como um todo."
"Não, talvez seja sim. Supondo que esses relatos são do final do final dos anos 30 ou começo dos 40, faria todo sentido, com os regimes fascistas ganhando força e tudo o mais."
Mas ele parecia disposto a me convencer de outra coisa.
"Tá, mas a gente não pode esquecer os postais", ele disse. "Pra mim eles mostram claramente lugares onde o Hardenberg esteve procurando por alguma coisa. Ou registros sobre alguma coisa. Em arquivos, bibliotecas, em incunábulos, como essa outra carta diz."
"É, mas o quê?"
"Pensa só. Se ele estava sofrendo com essas alucinações... Ele era químico, mas também devia pesquisar plantas..."
"Uma cura?", eu arrisquei.
"Faz sentido, não faz?"
"É, mas uma cura para quê?"
"Não sei. Mas ele não era o único que estava atrás disso. Talvez 'eles' sejam os tais 'Guardiões' de quem ele fala numa das cartas."
Eu olhei desconfiada e resolvi chegar logo onde ele queria.
"Você acha que tem algum tipo de sociedade secreta no meio dessa história", eu disse.
Ele esboçou um sorriso.
"E você acha que o Miro se envolveu com eles", eu acrescentei.
"O que você acha?"
"Eu acho que você precisa dormir", eu disse, tirando o bule de café e a xícara dele de cima da mesa e levando para a cozinha.
"Pensa, Olívia", insistiu ele. "A carta de tarô, o telefonema que você recebeu... Não é uma coisa normal".
"Não, não é", eu disse, voltando para a sala e já um pouco impaciente. "Nada parece normal desde que o Miro encontrou essa caixa, mas a gente também não precisa começar a ver um enigma em todo lugar e perder a noção da realidade. Você está sendo o seu irmão agora."
Me arrependi do que eu falei no milésimo de segundo seguinte, mas já tinha saído. Nós dois ficamos em silêncio por um tempo. Eu sentei no sofá, ele soltou um suspiro.
"Você não me falou por que vocês terminaram afinal.", ele falou.
Então eu contei por alto das brigas por telefone, que são as mais ingratas. E da dificuldade em manter um relacionamento à distância por tanto tempo, e do fato de ele não conseguir mais conversar comigo. Ou não querer.
"Alguma coisa mudou depois que o Miro achou esses documentos. Ele mudou."
O Gastão me ouvia em silêncio. De repente, como se toda a carga das últimas semanas se desprendesse ali de dentro e viesse à tona de uma vez, ele largou toda aquela necessidade equivocada de ter que se manter firme do meu lado, e desabou. Foi a primeira vez que eu vi ele chorar. Eu levante e o abracei, e disse que era exatamente o que ele estava precisando naquele momento, o que era a mais pura verdade.
domingo, 11 de fevereiro de 2007
Mal de domingo
Pessoas que eu conheço costumam reclamam que segunda-feira é o pior dia da semana. Para mim domingo é pior, muito pior. Sempre foi. Não sei bem por quê. Nunca dormi bem de domingo para segunda. É a passagem da alegria da noite de sexta e da calmaria do sábado para um estado de preparação para o começo da semana, para a tensão toda nos ombros outra vez, um estado de coisas por acontecer que me incomoda de monte. Parece que agora eu vivo permanentemente num domingo que não acaba nunca.
Nenhum outro telefonema estranho até agora, nem para mim nem para o Gastão.
Nenhuma notícia do Miro, nem para mim nem para ninguém.
Se descontarmos o papel que o Gastão trouxe de Maués, aquele que estava atrás do porta-retrato, nenhum sinal de que ele esteve ali antes de sumir. Por isso eu acho que aquelas letras espalhadas no papel branco, sejam lá o que forem, são a nossa melhor/única chance de descobrir alguma coisa. O quê, exatamente, já é especular demais...
Mas já que é a única coisa que eu posso fazer, vamos lá. Gastão acha (e eu concordo) que as peças de Scrabble podem ser só pra confundir. Diz que é típico do Miro, que adora uns enigmas de pensamento lateral.
E eu, que não entendo nada de enigmas (muito menos de pensamento lateral) acho que, da mesma forma que esse papel não estava atrás do porta-retrado por acaso, as letras não devem estar naquelas posições específicas por acaso.
Não sei se ajudei muito. De volta a encarar o papel.
Outro domingo indo embora. Mais um começando daqui a pouco.
Nenhum outro telefonema estranho até agora, nem para mim nem para o Gastão.
Nenhuma notícia do Miro, nem para mim nem para ninguém.
Se descontarmos o papel que o Gastão trouxe de Maués, aquele que estava atrás do porta-retrato, nenhum sinal de que ele esteve ali antes de sumir. Por isso eu acho que aquelas letras espalhadas no papel branco, sejam lá o que forem, são a nossa melhor/única chance de descobrir alguma coisa. O quê, exatamente, já é especular demais...
Mas já que é a única coisa que eu posso fazer, vamos lá. Gastão acha (e eu concordo) que as peças de Scrabble podem ser só pra confundir. Diz que é típico do Miro, que adora uns enigmas de pensamento lateral.
E eu, que não entendo nada de enigmas (muito menos de pensamento lateral) acho que, da mesma forma que esse papel não estava atrás do porta-retrado por acaso, as letras não devem estar naquelas posições específicas por acaso.
Não sei se ajudei muito. De volta a encarar o papel.
Outro domingo indo embora. Mais um começando daqui a pouco.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
Filme B
A primeira coisa que eu pensei depois de girar a chave e entrar foi: 11 dias sem notícias. 11 dias que parecem vários meses de aflição e silêncio.
Silêncio - foi a segunda coisa que eu pensei. Nunca tinha entrado naquele apartamento e sido recebida por tanta quietude. Sempre tinha algo acontecendo, a TV ligada, uma música tocando, um violão desafinado, um falatório, uma algazarra, aquela pontinha de caos que é boa e necessária.
Mas hoje estava tudo em preto e branco. Janelas fechadas, poeira acumulada, plantas murchando e um cheiro ruim no ar, aquele cheiro estranho que as coisas têm quando esquecem delas.
A terceira coisa que eu pensei, e a que mais me preocupou, foi que aquela não tinha sido a melhor idéia do mundo. Eu não devia estar ali, não sabendo que o Gastão tomou todo tipo de cuidado para não me contatar diretamente depois que o Miro sumiu. Por outro lado, ele sabe muito bem que eu não ia ficar enfurnada em casa esperando o telefone tocar. Talvez ele não saiba que eu esqueci de devolver a chave do apartamento para o Miro. Talvez ele nem saiba direito que nós terminamos. Mas ele sabe que eu não sou de ficar andando em círculos enquanto o céu desaba lá fora.
Não se preocupem, eu tomei alguns cuidados e me certifiquei de que ninguém estava me seguindo. Eu acho.
De qualquer forma, depois de arrumar um pouco as coisas, me livrar de lixo e comida estragada e lavar a louça acumulada, essa sensação ruim passou e eu percebi que ir até lá era o mínimo que eu podia fazer, por eles e por vocês.
Só que as coisas não saíram muito como nós esperávamos. O escritório (onde antes era o quarto do Miro) e o quarto do Gastão estavam uma bagunça, com roupas e objetos espalhados, e para mim era claro que ele tinha pegado algumas roupas e saído dali às pressas. Não parecia nem de longe que aquela zona era parte desse quebra-cabeça.
Mas, já que eu estava lá, olhei todos os livros e discos que vocês mencionaram - e muitos outros. Mas como diferenciar algo relevante das anotações triviais que qualquer leitor ávido como o Gastão rabisca em página atrás de página? Como saber se um papel aqui e outro ali não são simples marcadores? Depois de algumas boas horas, eu tive que aceitar que era mais fácil eu ganhar 5 milhões no vídeo bingo do que encontrar algo útil.
A única coisa mais significativa que eu descobri foi que um dos livros do Sherlock Holmes tinha um post it meio rasgado colado numa página específica. Tirei uma foto da página, espero que ajude em alguma coisa:
Já estava quase anoitecendo quando eu dei uma última olhada na sala e na cozinha e decidi ir embora. Mas eu devia saber que estava tudo normal demais para continuar daquele jeito. Já tinha trancado a porta por fora quando eu ouvi o telefone tocar dentro do apartamento.
Entrei correndo e atendi, com o coração disparado, mais de susto do que de esperança de que fossem eles. A voz era de homem, mas a ligação estava tão ruim que mal dava para dinstinguir palavras de grunhidos.
A voz perguntou quem era.
"Com quem você quer falar?" - eu retruquei.
"Ele pode estar em perigo"
Chiados na linha.
"Quem? Quem pode estar em perigo?" - tive que gritar para que o homem me ouvisse.
"Nós o colocamos em perigo. Ele sabe sobre os fragmentos."
Não tenho certeza se a última frase foi uma afirmação ou uma pergunta. Eu fiquei muda. Estava apavorada. Antes que eu pudesse responder, a voz falou outra vez.
"Esta linha não é segura. Por favor..."
Então ele desligou.
Isso foi há algumas horas, mas ainda estou um pouco trêmula. Da noite para o dia minha vida virou um filme B de suspense.
Agora eu estou enfurnada em casa, e o telefone não tocou desde que eu cheguei.
Silêncio - foi a segunda coisa que eu pensei. Nunca tinha entrado naquele apartamento e sido recebida por tanta quietude. Sempre tinha algo acontecendo, a TV ligada, uma música tocando, um violão desafinado, um falatório, uma algazarra, aquela pontinha de caos que é boa e necessária.
Mas hoje estava tudo em preto e branco. Janelas fechadas, poeira acumulada, plantas murchando e um cheiro ruim no ar, aquele cheiro estranho que as coisas têm quando esquecem delas.
A terceira coisa que eu pensei, e a que mais me preocupou, foi que aquela não tinha sido a melhor idéia do mundo. Eu não devia estar ali, não sabendo que o Gastão tomou todo tipo de cuidado para não me contatar diretamente depois que o Miro sumiu. Por outro lado, ele sabe muito bem que eu não ia ficar enfurnada em casa esperando o telefone tocar. Talvez ele não saiba que eu esqueci de devolver a chave do apartamento para o Miro. Talvez ele nem saiba direito que nós terminamos. Mas ele sabe que eu não sou de ficar andando em círculos enquanto o céu desaba lá fora.
Não se preocupem, eu tomei alguns cuidados e me certifiquei de que ninguém estava me seguindo. Eu acho.
De qualquer forma, depois de arrumar um pouco as coisas, me livrar de lixo e comida estragada e lavar a louça acumulada, essa sensação ruim passou e eu percebi que ir até lá era o mínimo que eu podia fazer, por eles e por vocês.
Só que as coisas não saíram muito como nós esperávamos. O escritório (onde antes era o quarto do Miro) e o quarto do Gastão estavam uma bagunça, com roupas e objetos espalhados, e para mim era claro que ele tinha pegado algumas roupas e saído dali às pressas. Não parecia nem de longe que aquela zona era parte desse quebra-cabeça.
Mas, já que eu estava lá, olhei todos os livros e discos que vocês mencionaram - e muitos outros. Mas como diferenciar algo relevante das anotações triviais que qualquer leitor ávido como o Gastão rabisca em página atrás de página? Como saber se um papel aqui e outro ali não são simples marcadores? Depois de algumas boas horas, eu tive que aceitar que era mais fácil eu ganhar 5 milhões no vídeo bingo do que encontrar algo útil.
A única coisa mais significativa que eu descobri foi que um dos livros do Sherlock Holmes tinha um post it meio rasgado colado numa página específica. Tirei uma foto da página, espero que ajude em alguma coisa:
Já estava quase anoitecendo quando eu dei uma última olhada na sala e na cozinha e decidi ir embora. Mas eu devia saber que estava tudo normal demais para continuar daquele jeito. Já tinha trancado a porta por fora quando eu ouvi o telefone tocar dentro do apartamento.
Entrei correndo e atendi, com o coração disparado, mais de susto do que de esperança de que fossem eles. A voz era de homem, mas a ligação estava tão ruim que mal dava para dinstinguir palavras de grunhidos.
A voz perguntou quem era.
"Com quem você quer falar?" - eu retruquei.
"Ele pode estar em perigo"
Chiados na linha.
"Quem? Quem pode estar em perigo?" - tive que gritar para que o homem me ouvisse.
"Nós o colocamos em perigo. Ele sabe sobre os fragmentos."
Não tenho certeza se a última frase foi uma afirmação ou uma pergunta. Eu fiquei muda. Estava apavorada. Antes que eu pudesse responder, a voz falou outra vez.
"Esta linha não é segura. Por favor..."
Então ele desligou.
Isso foi há algumas horas, mas ainda estou um pouco trêmula. Da noite para o dia minha vida virou um filme B de suspense.
Agora eu estou enfurnada em casa, e o telefone não tocou desde que eu cheguei.
terça-feira, 30 de janeiro de 2007
Mais perguntas (e uma pista)
As coisas estão ficando ainda mais estranhas. Mas eu encontrei algo que talvez possa ajudar.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2007
Algo muito estranho aconteceu
Desculpem, este post foge da proposta inicial, mas eu preciso de ajuda.
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
As Amazonas pelo mundo
"Um povo mulher, contando só com elas sem homens próprios, se servindo de estrangeiros como reprodutores, é plausível e até praticável. Um povo formado só de machos é uma utopia selvagem" (Darcy Ribeiro)
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
Os Sármatas - a grande descoberta
A pesquisa continua. Aqui relato as descobertas das Tumbas Sármatas pela arqueóloga Jeannine Davis-Kimball. E que descoberta!
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
As lendárias Amazonas
Primeiro post documentando minha pesquisa sobre grupos nômades da região da Amazônia que teriam sido formados só por mulheres. Seriam elas as lendárias Amazonas?
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