terça-feira, 27 de março de 2007

Mudança forçada

Eu e o Miro passamos um susto ontem à noite...

quarta-feira, 21 de março de 2007

Hardenberg, Ferenczy, Fawcett...



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Esses são os documentos que eu recebi. Os dois primeiros são recortes de jornais datados de julho de 1930, e o terceiro parece ser um documento do Hardenberg.





sábado, 10 de março de 2007

Seguindo em frente

Tenho pensado no que falar aqui desde que o Miro voltou, mas invariavelmente acabo parada na frente da câmera sem saber como começar. Não foi uma semana qualquer. Resolvi escrever.

O alívio indescritível de vê-lo de novo e saber que ele está bem aos poucos deu lugar a uma série de conversas especialmente difíceis para nós dois. Não sei se ambos tínhamos uma certeza inconsciente de que tudo voltaria a ser como antes. Talvez. Mas não adianta querer ver as coisas pela metade.

Talvez por uma certa dose de estresse pós-traumático, ou talvez por ser quem ele sempre foi, o Miro se convenceu de que existe toda uma conspiração por trás do que ele viu e passou na Amazônia. Não me entendam mal, eu acredito que existe de fato uma rede de corrupção e exploração de recursos ilegais na floresta por parte desta empresa (ou rede de empresas) mal-intencionada, o que já é grave o suficiente. Pode mesmo ser chamado de conspiração se alguém quiser. Mas esse tipo de coisa, infelizmente, é uma realidade há muito tempo. A invasão da Amazônia é conseqüência do descaso do governo e de brechas nas leis que deveriam proteger a floresta. Até pouco tempo atrás levantar a voz contra isso era encarado como papo chato de ambientalista, mas aos poucos as coisas estão mudando.

Este é o problema A. Devemos (e podemos) lutar contra ele. O Miro enxerga por trás disso tudo um problema B. A "verdade" por trás dos interesses dos canalhas seria algo muito maior e antigo, algo ligado (sabe-se lá como) aos documentos que ele encontrou dentro daquela caixa.

Não preciso ressaltar que o homem que supostamente escreveu aqueles códigos era claramente alguém acometido de caso grave de delirium tremens. Ou coisa pior.

O perigo, portanto, não é mais simplesmente o de ser perseguida por homens de preto ou receber telefonemas ameaçadores. O risco maior é o de eu acabar me descolando da realidade como pode acontecer com o Miro. Isso é demais para mim agora.

Eu agradeço de coração a ajuda de todos vocês, mas chegou a hora de eu me afastar. De repente passar uns dias com meus pais no interior, deixar para trás as últimas semanas e voltar à minha pesquisa.

Por favor, ajudem o Miro e o Gastão, eles vão precisar de uma força.

Obrigado por tudo.